Por: Victoria Melo
Na
tarde de ontem (17), os Delegados da UNESCAP faziam o que já estava quase se
tornando costumeiro entre eles: discutindo vários tópicos em grande
desorganização e debatendo sem chegar a lugar nenhum. O comitê estava beirando a estagnação quando foram
interrompidos para descobrir que, devido à incompetência, houve um crime de
honra coletivo no Irã que resultou na morte de 10 mulheres que não queriam
praticar o aborto para assassinar suas filhas.
Juntamente com a notícia, os delegados foram visitados
pela representante da Human Rights Watch (HRW), Marie Blomkovist, que não só se
mostrou totalmente insatisfeita com o andamento dos debates sem rumo como
também questionou a competência do comitê: “Vocês são covardes, vocês estão sem
postura!”.
Após terem sido reprimidos pela representante da HRW
juntamente com a grave notícia considerada como uma crise no comitê, os
delegados tomaram uma posição ativa e diplomática em prol de redigir um Press
Release o quanto antes para resolver o caos causado no Irã e também utilizar
das mesmas medidas para resolver casos similares em outras partes do mundo.
Eles discutiram temas de suma importância, mas dessa
vez, redigiram um documento com medidas práticas e imediatas que parecem ser um
bom caminho para, a longo prazo, resolver disparidades entre gêneros que causam
tais problemas como a criação da campanha para divulgação em redes sociais com
hashtags (#KeepOurGirls e #SaveIranianGirls) do conflito no Irã, inserção da
mulher no mercado de trabalho e educação para elas.
Foi um caminho lento e com muitas desavenças, mas,
mesmo após dois dias de redundância e altercações, o comitê da UNESCAP parece
tomar um rumo para o que parece ser uma grande resolução.
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