Por:
Glenda Rodrigues e Marcos Gonzalo
A crise conjunta entre SPECPOL e ACNUR iniciou-se no
dia 17 a partir de um vídeo enviado pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão
(PKK). Os terroristas declararam que iriam matar um refém a cada vinte minutos
caso suas demandas não fossem aceitas. Entre intensos pedidos de decoro, um
martelo quebrado, muito barulho na sala e discussões vagas e circulares, muito
tempo foi perdido em vão. Ao final, sete morreram e sete foram soltos, sendo
quatro ingleses, dois americanos, dois israelenses, um brasileiro, três russos
e dois nigerianos.
Diante das alegações de que o governo sírio havia
mostrado hostilidade contra o território curdo, ao mandar tropas para a
fronteira entre Síria e Turquia, os terroristas exigiram medidas urgentes.
Ameaçaram que, num prazo de duas horas e meia, todos os sequestrados seriam
executados caso as tropas não fossem retiradas. A primeira solução, de recuar
as tropas em 200 km, foi proposta pela Geórgia. Entretanto, o Delegado da Síria
se opôs, justificando estar defendendo a fronteira de seu país.
A primeira morte anunciada foi a de um americano. Em
resposta, o Delegado dos EUA ameaçou fazer um embargo econômico caso não fossem
tomadas providências imediatas. A Síria tentou fazer acordos, mas, depois de
receber uma carta de Estado, as conversas ficaram mais travadas. O comitê virou
um caos.
Após a 3a morte, os Delegados deixaram de se preocupar
com o tempo que corria. Sete reféns acabaram mortos a sangue frio por tiros de
AK-47, sendo o último assassinado um brasileiro, Oswaldo Ribeiro. Restando
apenas dez minutos para o prazo final, os comitês conseguiram aprovar uma
resolução. Segundo este documento, as tropas sírias seriam substituídas pelos
Peshmergas a fim de proteger a população curda e síria na região, além de
fiscalizar a fronteira, protegendo-a da passagem de grupos rebeldes.
Os Peshmergas, entretanto, não quiseram aceitar a
reponsabilidade de vigiar a fronteira entre o Curdistão e a Síria. Além disso,
recusaram-se a cuidar de quaisquer pessoas que não fossem sua própria população.
O PKK, por sua vez, ficou satisfeito com as propostas e liberou os outros sete
reféns.
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