Quando o foco é salvar vidas, P5 e as demais nações buscam conhecer o território inimigo
Por: Eloisa GalvãoO drama vivido pelos refugiados bósnio-muçulmanos parece longe de acabar. A situação, de caráter emergencial, agrava-se à medida em que o Conselho de Segurança insiste em negligenciar a situação dos refugiados e o sequestro dos capacetes azuis pelo exército sérvio.
Mesmo após a divulgação do número de bósnio-muçulmanos mortos por uma ofensiva sérvia – em torno de 3.227 vítimas –, o Conselho optou por desperdiçar esta reunião de caráter emergencial. A discussão sobre estratégias para efetuar uma intervenção militar enérgica, com o objetivo de solucionar a guerra nos Bálcãs, vem gerando divergências que agravam ainda mais a situação.
As opiniões seguem divididas: alguns membros do P5 acreditam que tais medidas deveriam ser tomadas exclusivamente pela OTAN, que receberia carta branca para atuar no bombardeio de vias estratégias da região; em contrapartida, a Polônia lidera a leitura de documentos de trabalho focados no deslocamento de tropas terrestres e no estudo do território “inimigo”, apesar da mesa destacar a necessidade de buscar outros caminhos para a resolução.
Fica claro que o CSNU vem apresentando uma atuação falha na proteção dos civis. Isto fica evidenciado na fala de uma das Delegadas italianas, que afirmou: “As medidas tomadas por este comitê não são suficientes para conter o massacre”. Felizmente, Delegados de nações como a Argentina entendem que uma ação diplomática, deixada de lado nesta sessão, envolve de fato ações militares, visto o caráter que assume o Conselho de Segurança. Apesar das constantes mudanças de foco, alguns membros do P5 e países como o Brasil estão preocupados com o impacto que o aumento de mortes pode gerar ao conflito.
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