sexta-feira, 18 de julho de 2014

Coletiva

Após a crise, os Delegados do Egito e da Nigéria, do ACNUR, e da Geórgia e da Síria, do SPECPOL, foram questionados a respeito da crise e de como ela acabou sendo resolvida no decorrer do tempo.
CI: Os senhores tiveram duas horas e meia para resolver o problema, entretanto, retardaram muito o processo. A que vocês atribuem essa demora?
Delegado da Nigéria – Acredito que a maior complicação foi a questão dos curdos, porém isso compete ao SPECPOL.
Delegado da Síria – Estávamos nos virando como podíamos. Não tínhamos muito tempo. A situação era difícil e não tínhamos muitas ideias.
Delegado do Egito – Os países não estavam concordando com as propostas feitas, e perdemos muito tempo tentando encontrar uma solução que agradasse a maioria.
Delegado da Geórgia – As soluções eram apenas recomendatórias. Não tínhamos nenhuma certeza se os chefes de Estado realmente executariam a proposta, seriam mais uma demonstração de boa fé.
CI: Poucos dos sequestrados eram aliados da Síria, isso representa alguma interferência do próprio país na questão?
Delegado da Síria – O meu Chefe de Estado é muito resistente, não podíamos mover nossas tropas.


Crise no Conselho de Segurança chega por terra

Do secretariado à delegação da Iugoslávia: Comitê se mobiliza para reverter a situação agravante
Por: Eloisa Galvão
Após sessões precedidas pelo Secretário Geral, na tarde de ontem, Conselho foi advertido pelo uso de violência e falta de diplomacia para conter a situação nos Bálcãs. A visita do secretariado junto à delegação da República Federativa da Iugoslávia tinha por objetivo apresentar o cancelamento de intervenções da OTAN, aprovadas em consenso geral através de um Press Release e uma possível negociação com as forças sérvias.
Em nome das Nações Unidas, o Secretario reiterou ao Conselho suas obrigações, afirmando que, caso todas as táticas ofensivas fossem deixadas nas mãos da OTAN (organização paralela e não subordinada à ONU), as nações ali presentes seriam consideradas incompetentes, uma vez que deviam zelar pela paz e não encorajar guerras. De acordo com o Secretariado “Temos apenas uma bala neste revolver para manter a paz. ”
Urgindo pelo uso de diplomacia, a delegação da República da Iugoslávia, se apresentou frente as nações impondo a soberania da Sérvia e ofereceu, o que talvez seja, a melhor solução formulada até agora para salvar a vida dos refugiados e capacetes azuis, que estão sendo negligenciados. No entanto, a proposta foi mal vista pelos delegados que exigiram a retirada da Iugoslávia do comitê.
Estes acontecimentos e a falta de dinamismo das nações, culminou em uma crise nesta manhã, que até o fechamento da matéria levou a perda de vidas civis. Delegado dos Países Baixos alertou sobre a movimentação de tropas em direção à Srebrenica e a presença de moratórios nas vias de entrada da cidade.
Com rápida mobilização, o Conselho de Segurança disponibilizou tropas para ofensiva aéreas lideradas pela Itália com possíveis intervenções terrestres, o objetivo era parar as tropas em movimentação antes de chegarem ao município. Após minutos de discussão um documento foi aprovado, no entanto não há como oferecer informações concretas, uma vez que a imprensa foi expulsa pelos delegados por conta de um fechamento de sessão.
Em nota emergencial o Comitê de Imprensa foi convocado: Como resposta a intervenção militar do CSNU ao território da Bósnia e Herzegovina, o governo sérvio fez entre refugiados e capacetes azuis, mil reféns. A cada cinco minutos, 10 reféns seriam mortos. Até a cobertura da matéria 50 reféns foram mortos, em 25 minutos.  

CIDH: violação de artigos e indenização de familiares

Por: Gabriela Stareika
Durante as sessões de ontem (17), após debate não moderado extenso, os juízes entraram em um consenso concordando que houve violação do artigo 25 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos em contraponto ao artigo 8, que foi decidido por unanimidade que não foi violado. Dado por fim o julgamento de tais artigos, se iniciou o julgamento do artigo 13. Vossa Excelência Rafael Gonçalves questionou a violação do artigo13.1 e 13.2, após votação, a decisão foi unanime: houve a violação. Outro ponto colocado por Vossa Excelência Breno Coltro, foi o artigo 13.3, e mais uma vez a decisão foi unanime, foi violado.
O próximo tópico a ser discutido no CIDH foi a indenização dos familiares das vítimas da guerrilha. Mais um debate não moderado se iniciou, dando aos juízes a oportunidade de mostrar suas perspectivas a respeito do assunto. Foi colocada em questão, se a indenização seria baseada na renda que a vítima proporcionaria aos familiares. Segundo a lei 9140 artigo 11, a indenização consiste na quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais) multiplicados pelo número de anos correspondentes a expectativa de sobrevivência do desaparecido levando-se em consideração a idade à época do desaparecimento. Até o momento, os juízes não entraram em um consenso a respeito da indenização dos familiares.


*Errata: Os artigos que foram discutidos no julgamento de ontem, tratam-se da Convenção Interamericana de Direitos Humanos e não da Lei da Anistia como foi dito.

Após crise na UNESCAP, resolução parece estar finalmente próxima

Por: Victoria Melo
Na tarde de ontem (17), os Delegados da UNESCAP faziam o que já estava quase se tornando costumeiro entre eles: discutindo vários tópicos em grande desorganização e debatendo sem chegar a lugar nenhum. O comitê estava beirando a estagnação quando foram interrompidos para descobrir que, devido à incompetência, houve um crime de honra coletivo no Irã que resultou na morte de 10 mulheres que não queriam praticar o aborto para assassinar suas filhas.
Juntamente com a notícia, os delegados foram visitados pela representante da Human Rights Watch (HRW), Marie Blomkovist, que não só se mostrou totalmente insatisfeita com o andamento dos debates sem rumo como também questionou a competência do comitê: “Vocês são covardes, vocês estão sem postura!”.
Após terem sido reprimidos pela representante da HRW juntamente com a grave notícia considerada como uma crise no comitê, os delegados tomaram uma posição ativa e diplomática em prol de redigir um Press Release o quanto antes para resolver o caos causado no Irã e também utilizar das mesmas medidas para resolver casos similares em outras partes do mundo.
Eles discutiram temas de suma importância, mas dessa vez, redigiram um documento com medidas práticas e imediatas que parecem ser um bom caminho para, a longo prazo, resolver disparidades entre gêneros que causam tais problemas como a criação da campanha para divulgação em redes sociais com hashtags (#KeepOurGirls e #SaveIranianGirls) do conflito no Irã, inserção da mulher no mercado de trabalho e educação para elas.

Foi um caminho lento e com muitas desavenças, mas, mesmo após dois dias de redundância e altercações, o comitê da UNESCAP parece tomar um rumo para o que parece ser uma grande resolução. 

Crise conjunta entre SPECPOL e ACNUR mata 7 voluntários da ONU

Por: Glenda Rodrigues e Marcos Gonzalo
A crise conjunta entre SPECPOL e ACNUR iniciou-se no dia 17 a partir de um vídeo enviado pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Os terroristas declararam que iriam matar um refém a cada vinte minutos caso suas demandas não fossem aceitas. Entre intensos pedidos de decoro, um martelo quebrado, muito barulho na sala e discussões vagas e circulares, muito tempo foi perdido em vão. Ao final, sete morreram e sete foram soltos, sendo quatro ingleses, dois americanos, dois israelenses, um brasileiro, três russos e dois nigerianos.
Diante das alegações de que o governo sírio havia mostrado hostilidade contra o território curdo, ao mandar tropas para a fronteira entre Síria e Turquia, os terroristas exigiram medidas urgentes. Ameaçaram que, num prazo de duas horas e meia, todos os sequestrados seriam executados caso as tropas não fossem retiradas. A primeira solução, de recuar as tropas em 200 km, foi proposta pela Geórgia. Entretanto, o Delegado da Síria se opôs, justificando estar defendendo a fronteira de seu país.
A primeira morte anunciada foi a de um americano. Em resposta, o Delegado dos EUA ameaçou fazer um embargo econômico caso não fossem tomadas providências imediatas. A Síria tentou fazer acordos, mas, depois de receber uma carta de Estado, as conversas ficaram mais travadas. O comitê virou um caos.
Após a 3a morte, os Delegados deixaram de se preocupar com o tempo que corria. Sete reféns acabaram mortos a sangue frio por tiros de AK-47, sendo o último assassinado um brasileiro, Oswaldo Ribeiro. Restando apenas dez minutos para o prazo final, os comitês conseguiram aprovar uma resolução. Segundo este documento, as tropas sírias seriam substituídas pelos Peshmergas a fim de proteger a população curda e síria na região, além de fiscalizar a fronteira, protegendo-a da passagem de grupos rebeldes.

Os Peshmergas, entretanto, não quiseram aceitar a reponsabilidade de vigiar a fronteira entre o Curdistão e a Síria. Além disso, recusaram-se a cuidar de quaisquer pessoas que não fossem sua própria população. O PKK, por sua vez, ficou satisfeito com as propostas e liberou os outros sete reféns.

Kashmir Representative Intervenes In Debate

Abdul Ahmed, a Kashmir resident, comes as a guest to the UNSC and tells about his life in the region
By: Thalia Duarte
Yesterday (17), the discussion about the Siechen Glacier was interrupted by the appearance of a guest of the UN, Abdul Ahmed. He came to announce that the people of Kashmir, impatient with the slowness of the UN to come to a conclusion, had made a plebiscite themselves and 98% of the population of the area wishes to be part of Pakistan.
The Indian Delegate asked why would they ask for the help of a group of terrorists from Pakistan. Mr. Abdul answered by saying that, to the Kashmir, the group was an army to protect them and that India only called them terrorists because they were fighting against India.
After he left, the committee was divided into believing in the accuracy of the plebiscite. They asked many times if there was no interference from the Pakistan army in it and if the people were actually aware of what they were. The chair later announced that the UN recognized the plebiscite as valid, much to the frustration of some nations.
India, claiming that, since their government had nothing to do with the plebiscite, asked to make a new one to make sure the results are not manipulated by either parties. The delegate of Malaysia argued that 52 years before, India had also said to start a plebiscite about the issue but never did, so it would be a waste of time to trust them with it.

The population’s desire to be Pakistani seemed to convince most of the committee that Kashmir should belong to Pakistan, but then the discussion moved to the unpopulated parts of the region and to who they should belong. China claimed the regions in their possession are deserted so they should keep it. The discussion then went back to the Siechen Glacier with many new and old suggestions to solve the issue, none of them seeming to reach a consensus in the committee.

SoCHum debate terrorismo e questões hídricas

As discussões no comitê geraram tensão entre as nações
Por: Camila Gambirasio e Glenda Rodrigues
As sessōes de ontem, 17 de julho, foram marcadas por calorosos debates que visavam honrar com os Direitos Humanos daqueles envolvidos no conflito. Um dos tópicos que gerou polêmica foi o terrorismo na região, praticado pelo grupo Hamas. Japão, Cuba e Polônia defenderam o fim de sua atuação, alegando que é condição imprescindível para o alcance da paz. Isso se deve principalmente pelo não reconhecimento do Estado de Israel pela entidade, como foi apontado pelo Delegado cubano, além do evidente massacre de civis. Em contrapartida, a China posteriormente acusou a nação israelense de infringir os Direitos Humanos desde a sua criação.
Foi proposta também uma intervenção antiterrorista no território da Faixa de Gaza cuja finalidade seria erradicar o Hamas. Entretanto, o Delegado de Cuba ressaltou a influência negativa que os Estados Unidos poderiam exercer em tal operação. Esse ponto ainda está em discussão.

A questão na sexta sessão que se estendeu até hoje foi a distribuição de recursos hídricos na região. Um documento que condena ações que impeçam o acesso a água foi apresentado pelas delegações, e choveram acusações a Israel de não abastecer de forma igualitária os territórios em conflito e monopolizar os aquíferos com o propósito de deliberadamente matar a população palestina de sede. O documento, no entanto, não agradou plenamente a Delegada da Palestina, que se sentiu ofendida ao ser colocada como signatária sem sua consultoria enquanto não se sentia contemplada pelas cláusulas nele presentes. O Delegado do Reino Unido, por sua vez, o defendeu veemente, assim como o acesso igualitário de recursos por ambas as nações, sendo qualificado como preconceituoso pela Argentina.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

De diplomatas a estrategistas: A perda de controle do CSNU

Quando o foco é salvar vidas, P5 e as demais nações buscam conhecer o território inimigo
      Por: Eloisa Galvão
      O drama vivido pelos refugiados bósnio-muçulmanos parece longe de acabar. A situação, de caráter emergencial, agrava-se à medida em que o Conselho de Segurança insiste em negligenciar a situação dos refugiados e o sequestro dos capacetes azuis pelo exército sérvio.
     Mesmo após a divulgação do número de bósnio-muçulmanos mortos por uma ofensiva sérvia – em torno de 3.227 vítimas –, o Conselho optou por desperdiçar esta reunião de caráter emergencial. A discussão sobre estratégias para efetuar uma intervenção militar enérgica, com o objetivo de solucionar a guerra nos Bálcãs, vem gerando divergências que agravam ainda mais a situação.
     As opiniões seguem divididas: alguns membros do P5 acreditam que tais medidas deveriam ser tomadas exclusivamente pela OTAN, que receberia carta branca para atuar no bombardeio de vias estratégias da região; em contrapartida, a Polônia lidera a leitura de documentos de trabalho focados no deslocamento de tropas terrestres e no estudo do território “inimigo”, apesar da mesa destacar a necessidade de buscar outros caminhos para a resolução.
     Fica claro que o CSNU vem apresentando uma atuação falha na proteção dos civis. Isto fica evidenciado na fala de uma das Delegadas italianas, que afirmou: “As medidas tomadas por este comitê não são suficientes para conter o massacre”. Felizmente, Delegados de nações como a Argentina entendem que uma ação diplomática, deixada de lado nesta sessão, envolve de fato ações militares, visto o caráter que assume o Conselho de Segurança. Apesar das constantes mudanças de foco, alguns membros do P5 e países como o Brasil estão preocupados com o impacto que o aumento de mortes pode gerar ao conflito.

Novas propostas são debatidas no SoCHum e geram discordâncias

Questões sobre assentamentos e refugiados foram abordadas em sessão acalorada

Por: Glenda Rodrigues e Camila Gambirasio
A quarta e a quinta sessões de debates do SoCHum, nos dias 16 e 17, foram marcadas por avanços no diálogo entre as nações ali representadas. Israel e Palestina conversam agora num tom mais amistoso, embora a questão dos refugiados ainda seja controversa entre todos e uma solução agradável a ambas as partes não ter sido apresentada até o presente momento.
Após uma proposta de realocação dos refugiados palestinos, o comitê entrou em um empasse. Algumas delegações, como Azerbaijão e Indonésia, ofereceram asilo aos necessitados, porém outros lembraram que o SoCHum deveria discutir as condições em que estes vivem e problema de moradia é uma questão de responsabilidade do ACNUR. A Delegada da Síria, por exemplo, queixou-se da situação precária em que os exilados se encontram em seu país.
Os Delegados parecem se esquecer de que já existe a UNRWA (Agência de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente), que ajuda 5 milhões de palestinos nessa situação, e preferem tentar realocá-los em vez de resolver o conflito sem retirar mais pessoas de suas casas. Em relação à população judia que reside nos assentamentos, foi apresentada uma proposta de realizar um plebiscito, que foi apoiada pela maioria do comitê. Esse plano pareceu mais viável do que a ideia sugerida anteriormente, de congelar os novos assentamentos judeus.

Delegados do SoCHum discutem documento de trabalho 

Sírios avançam para a fronteira da Turquia

Curdistão consegue uma chance com Turquia, enquanto Síria e Iraque permanecem sem solução
Por: Larissa Souza
Durante as discussões de ontem, o representante do Curdistão esteve disposto a fazer acordo com os países que fazem parte do território que invadiram, porém permanece relutante quanto às propostas apresentadas.
Inicialmente, houve a tentativa de resolução com a Síria, que rejeitou todas as soluções, já que estas envolviam a entrada de exército em seu território, em seguida com o Iraque, no qual tentaram diversos acordos, porém não foram aceitos. A Turquia foi a única que obteve sucesso na negociação, já que agradou os delegados, considerando a única solução suficiente; “Hoje foi um bom dia” declarou o delegado da Geórgia.
Hoje, o comitê recebeu uma notícia que surpreendeu a todos os delegados: o governo Sírio movimentou tropas para a fronteira da Turquia, o que ameaça o governo, que teme uma invasão em uma região na qual a maior parte da população é curda.
O povo Curdo permanece sob tensão de forma que as delegações procuram soluções para atender aos interesses e manter as condições humanitárias dentro do território.

Siachen Glacier Causes Dispure in UNSC

The debates have reached an impass about natural resources and their owners
By: Thalia Duarte
After the long discussion about the cease-fire in the Kashmir region, the Council proceeded to debate about the natural resources of the area and to whom they should belong. Most of the discussion was centered around the Siachen Glacier, located in the line of control between India and Pakistan.
The glacier holds great economic resources for both countries, being also a big water source during the thawing season of the ice. Pakistan and India both claim sovereignty over the glacier. Pakistan has invaded the line of control and says that India did the same, even though the Delegate of India affirms they did not invade, since the territory is theirs.
Other nations plead Pakistan to retreat the area and withdraw their troops. The delegation of Pakistan responded by saying that if the glacier was given to them, they would withdraw with no further problems. They say that if India has control over the glacier, they would also control the water flow in their country, leaving them at the mercy of the Indian government.
Some delegations accused Pakistan of being a terrorist, saying that they wouldn`t give the control of the region to a nation known for invading other countries. Other delegations want a more peaceful way out, suggesting both countries to have the rights over the glacier. For some delegates, the best way is to make the region a multinational area, but that was met with great resistance by most nations present.

Mais um impasse no comitê UNESCAP

Nos debates de ontem e hoje, os delegados da UNESCAP estão mais próximos de alcançar os seus objetivos, mas, no entanto, têm dificuldade de chegar a algum lugar
Por: Victoria Melo
O objetivo do comitê UNESCAP está, incrivelmente, muito próximo e, ao mesmo tempo, a longas distâncias de ser alcançado. Os delegados mais uma vez abordaram assuntos de vital importância para a resolução, e mesmo assim, eles encontram maneiras de atrasar os debates fundamentais. A sessão teve em pauta intrigas, assuntos já antes resolvidos e novas questões, que trouxeram à tona grande divergência entre os representantes.
Nas sessões de ontem à tarde (16) houve um grande avanço na agenda. Os delegados encerraram as discussões sobre cultura para debater sobre como a educação poderia ajudar na erradicação do aborto seletivo e infanticídio feminino. Entretanto, no decorrer da sessão, a situação ficou acalorada: algumas delegações pediram empréstimos incabíveis e inadequados e, além disso, houve trocas de pequenas afrontas. A Delegada da Indonésia chegou a pedir: “Senhores delegados, peço que vocês ignorem o delegado da Coreia do Norte”.

Já na sessão matutina, os delegados concordaram que não iriam se aproximar de uma resolução se continuassem agindo sem diplomacia e pareciam ter acertado as contas. Todavia, foram colocados em pauta novos tópicos cruciais como o tráfico de mulheres que acabaram, mais uma vez, gerando discórdia entre as delegações. Apesar de muitos dos presentes concordarem que é necessário o assentimento de todos para uma melhor organização, os representantes parecem não chegar em um acordo.

Apesar de inconstante, ACNUR arranja soluções

Falta de decoro, ideias, doações e propagandas no andamento do comitê
Por: Marcos Gonzalo
Na tarde de ontem (16), o comitê do ACNUR manteve a desordem. Com o entra-e-sai e a falta de decoro constantes, os Delegados tiveram dificuldade em expor suas ideias e chegar a uma conclusão sobre a mudança das moradias e do saneamento básico nos campos de refugiados. Em debates não-moderados, alguns Delegados se abstiveram das discussões e os que debatiam não mantiveram nenhuma ordem.
O Delegado da Nigéria mostrou ao comitê ideias como as latrinas secas, para solucionar o problema do saneamento básico. Mas todas foram negadas pela Delegada turca, alegando que “Nós devemos deixar esse assunto para as autoridades competentes”, por não acreditar que a medida seria higiênica o suficiente.
A China e a Rússia se disponibilizaram para qualquer tipo de transporte que ajude os campos de refugiados, de caminhões pipa a locomoção de pessoas. Ambos se disponibilizam a doar 1 bilhão de dólares cada, além do meio bilhão doado pelo Reino Unido, e a França revogou sua doação de 375 milhões, explicando que poderia ajudar de forma mais efetiva com materiais produzidos em seu país.

Na reunião de hoje (17), foi formada uma união entre Alemanha, França, Israel, EUA e Reino Unido, com a função de ajudar nos medicamentos dos refugiados sírios. Foi chamada a atenção à questão da propaganda, com a ideia da Delegada do Brasil de trazer um personagem para atrair as crianças a participar do programa de vacinações.

Redundância marca o início dos debates no UNESCAP

Apesar de iniciar o dia de discussões de modo promissor, os delegados ficaram presos a uma questão que vai além da capacidade do comitê
Por Victoria Melo
O V SPMUN iniciou-se em grande clima de preocupação com questões humanitárias, e foi na mesma atmosfera que os delegados do comitê UNESCAP se inseriram e iniciaram as discussões em torno dos complexos e problemáticos temas do aborto seletivo e infanticídio infantil na atualidade.
Nos discursos iniciais, os representantes mostraram-se preocupados em descobrir as causas que deram origem a tais tópicos e estudá-las, para conseguirem encontrar soluções eficazes. No entanto, após o início dos debates e criação da agenda, surgiram claras divergências entre os presentes, que se tornaram um impasse para prosseguir com as discussões.
Entre os assuntos colocados na agenda, um dos empecilhos, foi o modo como a cultura influencia tanto no aborto seletivo quanto no infanticídio. Alguns não acharam pertinente ao comitê discutir tal influência, enquanto outros acreditavam que cabia ao comitê tal discussão. E, mesmo com uma agenda com tópicos de grande importância, os delegados ficaram presos em discussões que vão além do poder da UNESCAP, já que dizem respeito à cultura de um país.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

A maioria decide o destino do caso de Maria Lucia Petit

Após uma votação feita para decidir o destino do caso de Maria Lucia Petit, os juízes decidiram que o caso se deu por encerrado.
Por Gabriela Stareika
Nesta quarta-feira (16), os juízes do Comitê Internacional dos Direitos Humanos (CIDH), reuniram-se para o julgamento do caso de uma das vítimas da Guerrilha do Araguaia, mais precisamente Maria Lucia Petit, militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que participou da luta armada contra a ditadura militar. Após a apresentação da advogada da vítima, Surraily Yousset, foi possível perceber que muitos familiares ainda buscam uma explicação para o ocorrido e tem esperança de que a justiça seja feita. Logo em seguida, a advogada do Estado, Raquel Lima, se pronunciou e ressaltou o fato de que uma vez que os crimes não haviam sido tipificados legalmente, eles não poderiam ser julgados e o que poderia ser feito a respeito do assunto seria uma análise da possibilidade do Estado ser responsabilizado. Após ambas advogadas defenderem suas partes, foi feita uma votação entre os juízes para decidir se cabe a eles julgarem ou não o caso da vítima, e a grande maioria dos votos decidiu finalmente que a corte não possuía competência temporal sobre o caso de Maria Lucia Petit.

O ACNUR demora para avançar em seus pedidos e medidas

Turquia recorre à União europeia para cuidar de seus refugiados
Por Marcos Gonzalo
Durante a sessão do ACNUR que ocorreu na tarde desta quarta-feira (16), os EUA e a Rússia afirmaram que poderiam aumentar suas contribuições financeiras à Turquia para ajudá-la na manutenção dos refugiados sírios que recebe. Para que a meta de 500 milhões de dólares doados seja alcançada, a síria e a Turquia pediram ajuda também a União Europeia.
O delegado da Nigéria clamou pela regulamentação dos refugiados, já que com dados mais concretos, é possível garantir o bem estar dos mesmos com a melhor distribuição da renda doada.
O fato dos sírios serem vistos como visitantes no país chamou a atenção, e foi recomendado pelo comitê que a Turquia aceitasse os sírios como refugiados. Entretanto, a Delegada turca alegou que isso afetaria a soberania de seu país.
A questão da educação foi tratada pelo comitê com extrema importância. Como a delegada do Líbano disse, “as crianças de hoje construirão a Síria de amanhã”. A questão dos professores e da língua foram as mais debatidas: O fato de não falarem a mesma língua do país que as refugia causa um problema no sistema de ensino. Como solução, foi implementado o ensino de ambas as línguas, o árabe e o turco, nas escolas, com o enfoque no Árabe.

A cease fire is needed for the debates to run smoothly

“Nobody should die until the end of this debate”, says the Delegate of Ukraine
By Thalia Duarte
With the start of the debates seeking solutions for the Kashmir issue and the Kargil War, the delegations represented in the United Nations Security Council started debating about the necessity of a cease fire in the region, so that no lives are lost while they are discussing.
Most nations were favorable to this suggestion, even though the Islamic Republic of Pakistan refused it, claiming that, if not for the violent conflict, the international community would never even discuss the issue.

“The cease fire is just the tip of the iceberg”, commented the Delegate of China about how the debate should proceed beyond this matter. The Delegate of Ukraine soon exposed the idea of presenting a resolution for it as soon as possible, so the debate could continue without further problems. This was met with hesitation and refusal from other delegations, who said it was too hurried.
In the second session of the debate, though, the delegation of Pakistan agreed to the cease fire, but refused to withdraw troops from the area. At the same time, the Delegate accused the Republic of India of breaking human rights during the conflict, even though Pakistan also will break it for as long as the war continues.
A question to be asked is that if the UNSC is going beyond its responsibilities by discussing these matters without consulting experts on the field. The United Nations created the Human Rights Council to debate about what and when people break the human rights and what should be done about it, and it should be used in these cases.

Propostas geram discórdia e comitê perde muito tempo

SPECPOL sai do foco dos debates e prioriza discussão das funções das tropas da ONU à uma solução para o povo curdo
Por Larissa Ribeiro
As primeiras discussões no comitê para políticas especiais e descolonização, tomaram rumos, a princípio, confusos. Inicialmente, os delegados tiveram muitas divergências quanto às propostas, principalmente quanto à presença de tropas da ONU no território em que se encontra o povo curdo.
O comitê estava dividido entre aqueles que se colocavam a favor da intervenção, para manutenção da paz, nos países em que o povo curdo vive, sendo estes: Síria, Turquia, Irã e Iraque, e os que eram contra essa proposta, procurando soluções menos intensas, apesar de não apresentadas.
Em seu pronunciamento, o delegado da Turquia esclarece que a intervenção não é prioridade, mas se necessária, não será contrário, assim como outras representações, que dizem o mesmo. Porém, como essas propostas geraram extrema desordem dentro do comitê, o Delegado da Síria propôs uma agenda, que prioriza a atenção do povo curdo.

Solução de conflitos ainda parece distante no primeiro dia de discussões no SOCHUM

Comitê busca propostas de paz entre as duas nações
Por Camila Gambirasio e Glenda Rodrigues
Iniciaram-se hoje, dia 16 de julho, os debates no SOCHUM (comitê Social, Cultural e Humanitário), que buscam propor soluções para o conflito Israelo-Paletino. O embate é de imensa importância para ambas as nações em questão, visto que este perdura há séculos.
Logo no início da primeira sessão, a discussão foi tomada por pedidos de paz na região, pelo respeito aos Direitos Humanos e por uma política mais flexível por parte de Israel. Entretanto, a Delegada do país reafirmou diversas vezes sua atual agenda e promessa de proteção ao povo judeu, sendo totalmente apoiada pelos Estados Unidos. Assim como Reino Unido e França, os EUA se mostraram absolutamente contra o terrorismo do Hamas.
Do outro lado do conflito, a Delegada da Palestina descreveu a situação atual como “crítica” e “inaceitável”, exigindo a desocupação dos seus territórios e o reconhecimento de sua nação. Grande parte das delegações cobraram também um comprometimento por parte de Israel nas propostas a serem discutidas no comitê.

Intervenção militar ou cautela: o grande impasse do CSNU

Enquanto o P5 e as demais nações seguem divididas, bósnios muçulmanos estão sendo assassinados.
Por Eloísa Galvão
A reunião de caráter emergencial precedida pelo Conselho de Segurança da Nações Unidas (CSNU), na manhã desta quarta-feira (16), vem encontrando problemas para solucionar o conflito na região dos Balcãs envolvendo refugiados bósnio-muçulmanos, que estão sofrendo com a perseguição seguida de assassinato pelas tropas sérvias, comandadas pelo general Ratko Mladic. 
O principal objetivo sobre as questões de curto prazo são a retirada de mulheres e crianças refugiadas no município de Srebrenica, considerada área de segurança pelas Nações Unidas (ONU), e intervir para evitar que o número de mortos aumente. O impasse surge no procedimento destas questões e o grau de importância da intervenção militar bem como da ajuda humanitária. 
Países como Reino Unido, EUA, Croácia e Bósnia entraram em consenso que as medidas de intervenção até agora tomadas não estão sendo eficazes e pedem, dessa maneira, uma ofensiva militar enérgica, com bombardeios às vias que levam ao município ou deslocamento de tropas nas regiões de fronteira. Nações como Ruanda relembraram que a cautela tomada por parte da ONU, em outras circunstâncias levaram operações ao fracasso, como é o caso do genocídio ocorrido em Ruanda, um ano atrás. 
Em contraposição, nações como Rússia, Polônia, Alemanha e Nigéria, sendo a última responsável por apresentar um possível documento de resolução, defendem incisivamente que antes de uma possível intervenção militar faz se necessário levar ajuda humanitária para que os bósnios-muçulmanos não sofram necessidades básicas, além de que fazer uso da força inibe qualquer tentativa pacífica de controlar a situação. 
As Delegadas do Reino Unido pedem fortemente às nações que repensem e aceitem a interferência militar, uma vez que medidas pacíficas levarão à morte de mais refugiados. Até o encerramento desta matéria, não houve alterações nos debates.

DESIM

Diferentemente de todas outras edições do SPMUN, este ano o secretariado administrativo possui a parceria do Instituto DESIM - Debates e Simulações para a realização da infraestrutura de eventos e logística. O Instituto realiza simulações personalizadas em colégios particulares e públicos no Estado de São Paulo e foi criado por três jovens universitários com experiência em debates, tendo atuado tanto como delegados e quanto como mesa diretora.

Iniciam-se as atividades do V SPMUN

Ontem, dia 15 de julho, a tradicionalíssima Universidade ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), situada na região da Vila Mariana, recebeu a quinta edição do SPMUN, um dos modelos de simulação das Nações Unidas mais reconhecidos do país. Após as apresentações dos comitês e revisões de regras, os presentes tiveram a honra de assistir à Cerimônia de Abertura do evento, que aconteceu no auditório principal da faculdade.
A bancada de apresentação, formada por Hiran Castello Branco, vice-presidente institucional da ESPM, Jean Carlos Summa, diretor do centro de Informações das Nações Unidas no Brasil, Gilberto Carvalho, ministro-chefe da secretaria geral da presidência da República e Joane Vilela, secretaria adjunta de educação, discursou sobre a importância de um modelo das Nações Unidas para jovens e estudantes, ressaltando, eventualmente, a necessidade de abordar problemáticas referentes às minorias – tema do SPMUN deste ano.
Depois das devidas falas e apresentações dos convidados, foi a vez dos secretários gerais, João Pedro Prado e Beatriz Krieger, discursarem sobre o evento, dando explicações gerais do projeto e gratificando todos por participarem da iniciativa. Após os agradecimentos, Bia Krieger bateu o martelo, decretando, dessa maneira, abertas as atividades do V SPMUN.