quarta-feira, 16 de julho de 2014

Intervenção militar ou cautela: o grande impasse do CSNU

Enquanto o P5 e as demais nações seguem divididas, bósnios muçulmanos estão sendo assassinados.
Por Eloísa Galvão
A reunião de caráter emergencial precedida pelo Conselho de Segurança da Nações Unidas (CSNU), na manhã desta quarta-feira (16), vem encontrando problemas para solucionar o conflito na região dos Balcãs envolvendo refugiados bósnio-muçulmanos, que estão sofrendo com a perseguição seguida de assassinato pelas tropas sérvias, comandadas pelo general Ratko Mladic. 
O principal objetivo sobre as questões de curto prazo são a retirada de mulheres e crianças refugiadas no município de Srebrenica, considerada área de segurança pelas Nações Unidas (ONU), e intervir para evitar que o número de mortos aumente. O impasse surge no procedimento destas questões e o grau de importância da intervenção militar bem como da ajuda humanitária. 
Países como Reino Unido, EUA, Croácia e Bósnia entraram em consenso que as medidas de intervenção até agora tomadas não estão sendo eficazes e pedem, dessa maneira, uma ofensiva militar enérgica, com bombardeios às vias que levam ao município ou deslocamento de tropas nas regiões de fronteira. Nações como Ruanda relembraram que a cautela tomada por parte da ONU, em outras circunstâncias levaram operações ao fracasso, como é o caso do genocídio ocorrido em Ruanda, um ano atrás. 
Em contraposição, nações como Rússia, Polônia, Alemanha e Nigéria, sendo a última responsável por apresentar um possível documento de resolução, defendem incisivamente que antes de uma possível intervenção militar faz se necessário levar ajuda humanitária para que os bósnios-muçulmanos não sofram necessidades básicas, além de que fazer uso da força inibe qualquer tentativa pacífica de controlar a situação. 
As Delegadas do Reino Unido pedem fortemente às nações que repensem e aceitem a interferência militar, uma vez que medidas pacíficas levarão à morte de mais refugiados. Até o encerramento desta matéria, não houve alterações nos debates.

Nenhum comentário:

Postar um comentário